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26 de Abril de 2024

Ambulatório LGBT em Recife promove a inclusão social e a sociedade aprova

O nome do ambulatório é em homenagem a uma transativista que foi uma das sócio-fundadoras da Articulação e Movimento para as Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE) e que atuou na promoção dos direitos e cidadania das mulheres trans.

Publicado por Fátima Burégio
há 6 anos

Nesta segunda-feira (20), a Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, começa a receber os primeiros usuários do Ambulatório LGBT - Patrícia Gomes, inaugurado na tarde desta quinta-feira (16). O serviço da Prefeitura do Recife é o primeiro ligado à Atenção Básica em Pernambuco e tem o objetivo de promover saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis. O secretário de Saúde da capital, Jailson Correia, e representantes do movimento LGBT participaram do evento.

De acordo com o secretário, um dos desafios da Política LGBT municipal é garantir que a rede de saúde da cidade possa acolher todos os cidadãos em suas peculiaridades. “A ideia não é criar um ambulatório segregado da rede de saúde, é colocar uma porta de acesso que seja mais fácil de as pessoas chegarem para terem seu primeiro atendimento, serem ouvidas nas suas necessidades, algumas delas específicas de saúde, como o próprio processo de transexualização. Aqui vai haver integração com outros serviços”, afirmou Jailson Correia.

O ambulatório, que tem capacidade para realizar 20 atendimentos por semana, funcionará de segunda a quinta-feira, das 13h às 17h, inicialmente por demanda espontânea, ou seja, sem a necessidade de marcação. Os pacientes serão assistidos por equipe multiprofissional, formada por médico, enfermeiro, psicólogo, além de residentes do Programa Multiprofissional de Saúde da Família. O serviço vai oferecer exames clínicos e tratamento adequado à necessidade do usuário.

Para a presidente da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans), Chopelly Santos, a Prefeitura do Recife dá um passo grande para continuar quebrando barreiras, com a implantação do serviço na rede. “Este espaço físico é uma luta antiga, um pleito de nós que defendemos serviço de qualidade e igual para todo mundo. Esse ambulatório fez parte de muitas discussões nossas, com os governos, e também nas conferências municipais de saúde, por isso que hoje estamos aqui agradecendo e dizendo com muita felicidade que foi missão cumprida”, disse Chopelly.

Patrícia Gomes – o nome do ambulatório é em homenagem a uma transativista que foi uma das sócio-fundadoras da Articulação e Movimento para as Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE) e que atuou na promoção dos direitos e cidadania das mulheres trans.

Política LGBT – Numa iniciativa pioneira na região Norte-Nordeste, Recife instituiu, em 2016, a Política Municipal de Atenção Integral à População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT, com a proposta de fortalecer a atenção à saúde de populações específicas. Dessa forma, a política pública ajuda a eliminar a discriminação e o preconceito institucional, contribuindo para a redução das desigualdades e para a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equânime, de caráter transversal envolve todas as áreas da Saúde desde as relacionadas à produção de conhecimento, participação social, promoção, atenção e cuidado.

Ambulatório LBT – Funciona no Hospital da Mulher do Recife (HMR) Dra. Mercês Pontes Cunha, de segunda a sexta-feira, no período da manhã e da tarde, para diversas especialidades. Porém, a primeira consulta começa sempre pela Ginecologia, com atendimento nas segundas e quartas-feiras. O acesso aos serviços para a população LBT segue o fluxo de marcação do município, com o primeiro atendimento na unidade de saúde da família.

Decreto - O Decreto Municipal nº 30.306 de 17 de fevereiro de 2017 dispõe sobre o reconhecimento e inclusão do uso do nome social de pessoas travestis e transexuais nos registros municipais relativos a serviços públicos prestados no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta e dá outras providências.

Centro LGBT - O Centro LGBT é um espaço de promoção da cidadania e garantia de direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, habilitado a fornecer orientações sobre direitos humanos e prestar atendimento especializado a vítimas de discriminação e violência homofóbica. Implantado em 29 de agosto de 2014, é o primeiro Centro de Referência Municipal do Estado de Pernambuco. Com equipe interdisciplinar, formada por agente de direitos humanos, psicólogo, advogado e assistente social, o equipamento tem mais de mil usuários cadastrados e realizou mais de cinco mil atendimentos. Ligado à Gerência de Livre Orientação Sexual (GLOS) da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos da Prefeitura do Recife, o Centro LGBT funciona na Rua dos Médicos, nº 86, no bairro da Boa Vista, das 8h às 12h e das 13h às 17h. O telefone para contato é o 3355-3456.

Fonte: PCR (Prefeitura da Cidade do Recife)

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8 Comentários

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Muito interessante a ideia. No entanto o que me entristece quando vejo casos assim é a incapacidade que o ser humano tem em lidar com o diferente.
Sou cristão e amo o Senhor Jesus e, na limitação da minha natureza humana, tento seguir todos os seus mandamentos. Não aprovo ou consinto com a homossexualidade, entretanto, como cristão, amo todos os homossexuais, estejam eles da forma que estiverem (lésbicas, transsexuais etc.).
Algumas pessoas podem não entender como se pode desaprovar e amar ao mesmo tempo o mesmo sujeito, mas é simples: abomino o ato e amo a pessoa (que é meu/minha irmão/irmã).
Mas, Infelizmente, essa separação é necessária num mundo onde as diferenças ainda são tratadas com violência. Afinal, a luz veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais as trevas do que a luz (João 3:19-20).
Num cenário onde tudo o que é diferente e frontalmente contrário aos nossos pensamentos, tende a ser tratado com brutalidade e não na logicidade das linhas que O senhor esculpiu (o Amor), soa de bom tom o atendimento diferenciado. Ainda que não seja este o nosso objetivo enquanto operadores do Direito que sobrelevam a isonomia como dogma, temos que lembrar que normalmente em sua segunda parte o brocardo ensina que "os desiguais devem ser tratados desigualmente". Sendo assim, prefiro a segregação quando em comparação com a discriminação e violência.
Obrigado por compartilhar a informação, Fátima. continuar lendo

"tento seguir todos os seus mandamentos."

Lembre-se que a bíblia manda matar os homossexuais. continuar lendo

Obrigada por seu comentário e leitura à notícia veiculada!
Grande abraço! continuar lendo

Só respeitar e acabou, o que acontece depois da morte, só Deus vai julgar. continuar lendo

O "tento seguir todos os mandamentos", John, refere-se ao fato de eu ser (assim como os homossexuais) também um pecador e, portanto, falho. Mesmo que eu não queira, por vezes, ainda peco. Minha condição caída não difere da sua e de toda a humanidade.
Já quanto à questão de matar homossexuais, se quiser, sei que você conseguirá encontrar bons livros e palestras sobre o assunto que lhe servirão para aclarar as ideias e entender o contexto da vontade do Senhor. Mesmo assim, estou a disposição.
Evitar o anacronismo é o caminho lúcido para encontrarmos uma base de dados segura que nos possibilite realizar uma exegese bibica consentânea com as vontades de Deus. Ao contrário, definir um texto pela sua pura significação linguística é cercear demais o seus sentidos. Lembre-se que, como exemplo, temos o próprio Direito, cujas formas hermenêuticas não se limitam aos caracteres linguísticos do português (p. ex. nterpretação histórica, adaptativa, extensiva, restritiva, etc.). continuar lendo

@roni649

Ronaldo,

Os mandamentos bíblicos incluem a obrigação de assassinar homossexuais, hereges, mulheres e crianças (sem nenhum defeito além do não pertencer ao "povo escolhido").
Suponho não ser necessário trazer citações de textos na bíblia, impondo essas obrigações.

Não há contexto que permita não ver o que está escrito naquele livro.
Qualquer texto se define pelo que está escrito.
Você pode tentar distorcer, porque não pode conciliar o que está escrito com aquilo que saber ser o certo.
Mas isso não muda o que está escrito.

E se os mandamentos dizem que assim deve ser feito mas você não faz, então ou você é contrário a vontade de deus ou reconhece que os mandamentos bíblicos são abomináveis e devem ser deixados de lado (como você, felizmente, deixa).

Por não mantar homossexuais você não segue os mandamentos bíblicos.
Isso é fato irrefutável, não importa quanto malabarismo linguístico você tente fazer.

Trate agora de conciliar o que você faz com o que você diz. continuar lendo

Pois bem, John (eu poderia dizer Querido John, mas faria um paralelo besta com o filme e iria soar muito hollywoodiano). Não quero fazer disso um debate teológico, pois sei que esse não é o canal adequado (apesar do Direito estar intimamente ligado à Deus).
Enfim, pelo visto você sabe meu e-mail e, como já lhe disse, estou à disposição para falar sobre Deus com vc ou quem quer que seja.
Nos concentremos no artigo, por enquanto, que, mediante esse fabuloso meio de comunicação jurídica (o Jusbrasil) que a não menos brilhante Fátima se utiliza para nos manter informados, trouxe-nos uma nova forma de aplicação do principio da isonomia. De resto, peço a Deus que o abençoe grandemente e que o livre de todo o mal. Muito sucesso e felicidades.
Abraço!!! continuar lendo

@roni649

Fica para você o mesmo convite.
Estarei à disposição para tratar de qualquer assunto.

Especialmente se você quiser entender porque direito não tem nada a ver com esoterismo.

Abraço. continuar lendo