Com aumento de 726% em reclamações, Procon-SP e outros Procons, autuam como nunca

Um dia destes; reflexiva, pensei:

- Acabaram-se as Leis?

Sim, por um instante pensei que as leis não estavam sendo mais seguidas, pois tenho constatado, no dia a dia, várias infrações sendo cometidas bem debaixo do nariz do cidadão, como se as Leis estivessem sendo descaradamente descumpridas ou não observadas, em função da Pandemia que assola o mundo.

Alguns planos de saúde resistem em aplicar a Telemedicina, orientando os seus beneficiários a se conduzirem a um consultório mais próximo para que o mesmo seja efetivamente atendido.

Sabe-se que os preços de produtos, alimentos e serviços estão subindo de forma fenomenal, ficando difícil e complicado para o empresariado justificar tamanho reajuste.

Cocoricó

Até o preço do ovo de galinha teve um aumento jamais visto. Sim, quem comprava uma bandeja de ovos por sete reais (preço de PE), está tendo que amargar o novo preço que chega a dezoito reais. Como justificar tamanha inflação?

O cidadão segue preocupado, desempregado, desestabilizado, apreensivo e tendo que dar uma de mágico ou malabarista para fazer as minguadas moedas renderem e se multiplicarem em suas calejadas e hábeis mãos.

Lendo uma recente matéria, constatei que o Procon-SP segue numa tremenda correria para poder atender a todas as demandas e reclamações dos consumidores, mormente no quesito de superfaturamento dos preços.

É algo, como, se alguns empresários desalmados e insensíveis ao cenário vivenciado neste momento, pelo Brasil e pelo resto do mundo, declarassem silenciosa e ardilosamente:

- O povo está necessitado. Nós temos o que eles precisam; então ditaremos os preços e as regras! Nós temos a força!

Sendo que não é bem assim.

O consumidor brasileiro está atento aos seus direitos e segue mais informado que outrora.

Ora, com a informações bem ao seu alcance, é certo que o cidadão, ao ser lesado, perseguirá os seus justos e sagrados direitos, não deixando que saqueiem os seus suados haveres.

Os Procons regionais e demais órgãos de defesa do consumidor nunca foram tão lembrados e jamais lideraram tantos acessos e pedidos de socorros dos cidadãos brasileiros.

Para você ter ideia, noticiou-se que o Procon-SP exibiu um incremento de demandas em torno de 726% pós Pandemia. Você tem noção do que significa tais números, caro leitor?

As redes sociais estão aí, firmes e fortes. Os grupos de amigos e familiares restam mais unidos que nunca; e a informação dos estratosféricos preços circula em uma velocidade jamais vivenciada.

É que, mesmo em meio à Pandemia, restou ao brasileiro, um computador, um celular, uma conexão com a salvadora Internet, e ele está experimentando a oportunidade de reclamar e fazer valer o seu direito como nunca experimentou antes.

Prepare-se, Advogado!

Ainda hoje, participando de uma live com a Conselheira da OAB do DF, a ilustre professora Cristiane Damasceno e mais alguns convidados, escutei um dos palestrantes dizer em alto e bom tom:

- Chegou a hora do Advogado brasileiro. Chegou a hora do Advogado que milita em Direito do Consumidor, na esfera Trabalhista, na área Cível, Empresarial e Tributária.

A autoridade ainda alertava:

- Aproveite este tempo para aprender um pouco mais, ir produzindo modelos de peças, se aperfeiçoando, pois, tão logo cesse o isolamento social; você terá muito trabalho, Advogado!

Assistindo, de camarote, muitos excessos, sendo alguns vivenciados, outros constatados através das mais variadas mídias, pude concordar, sem hesitar, que as premonições dos palestrantes estão corretíssimas.

Desta feita, fica a dica, caro colega:

- A hora é de aprendizado.

- A hora é de programar estratégias para um breve e promissor futuro.

- A hora é de focar em causas positivas e não ficar amargando frustrações, mas sabendo que, como revela a bela tatuagem do Neymar Júnior:

- Tudo passa!

Enfim, tudo realmente passa: Até Pandemia!

Bola pra frente!

Goooool de placa!